O Sistema Financeiro Aberto, conhecido como Open Finance, é uma iniciativa do Banco Central Brasileiro que visa inovar o setor financeiro, garantindo concorrência e dando mais ofertas de produtos e serviços à população.
Esse sistema é uma forma de que as instituições bancárias possam trocar informações, criando um ambiente inovador para o mercado poder ser mais competitivo, sem deixar a transparência de lado.
Conheça melhor sobre o Open Finance e confira como ele funciona na prática.
O que é o open finance?
Open Finance é uma iniciativa do Banco Central do Brasil que em uma tradução literal significa “finanças abertas”.
Trata-se de uma regulação que permite um sistema financeiro que possibilita o compartilhamento de dados entre instituições financeiras.
O open finance possui um conjunto de regras para esse tipo de compartilhamento, alguns de clientes, que autorizam esse processo.
Isso para o mercado ser ainda mais competitivo, que crie concorrência para as pessoas terem acesso a serviços e produtos mais inovadores no setor financeiro.
O open finance abarca, além do setor bancário, outros tipos de sistemas, como o de seguros, fundo de previdência, casas de câmbio e corretoras de valores.
Qual a diferença entre open finance e open banking
Dois termos que são muito comuns no meio são o open finance e open banking e não raro são confundidos.
Na verdade, o open finance é uma evolução do open banking. Enquanto esse é uma abertura de dados bancários, o finance é a disponibilidade de toda informação autorizada no sistema financeiro.
O open finance é mais complexo, com uma padronização de disponibilização de dados e serviços em integrações de sistemas financeiros, enquanto o banking apenas aos bancários.
Como funciona o open finance?
Na prática, o open finance é uma grande vitrine de ofertas financeiras em que o cliente escolhe aquelas que são mais vantajosas para ele.
Em apenas um lugar, ele pode ver todas as ofertas de instituições diferentes. Ainda assim, o open finance não é um site ou app em que o cliente acessa e escolhe esses produtos.
Trata-se de uma padronização tecnológica que permite que as instituições compartilhem essas informações.
Para que tudo isso ocorra, primeiramente, o cliente deve aceitar que alguns de seus dados sejam compartilhados.
Esses dados são históricos financeiros. O cliente primeiro autoriza, verifica a sua identidade e então confirma o seu compartilhamento.
Com isso, essas instituições, como fintechs, corretoras de seguros, cooperativas de crédito, fundos de previdência e plataformas de investimento, por exemplo, compartilham informações para que serviços e produtos sejam ofertados ao cliente.
Como implementar o open finance no negócio?
Para uma instituição contribuir com o open finance, é necessário um processo de implementação que se dá em 4 fases:
Fase 1: Padronização de open data — todos os canais de atendimento, produtos e serviços da instituição devem ser divulgados, incluído taxas e tarifas de cada oferta;
Fase 2: Compartilhamento de dados do consumidor: é o processo em que o cliente dá o consentimento de compartilhar os seus dados. É necessário, antes, ter uma política de governança séria sobre esse compartilhamento e o cliente precisa estar ciente dela;
Fase 3: Escolha dos serviços que estarão a disposição: essa é a fase em que a instituição deixa disponível os serviços para as quais os clientes podem aderir. Aqui, é importante que esse acesso seja livre, sem a necessidade de realizar pelos canais da empresa.
Fase 4: Ampliação dos dados — já operando pelo open finance, a empresa se abastece de novos dados e disponibiliza outros. Aqui também é a hora em que novos produtos e serviços são postos no mercado.
Aproveite e leia esse artigo sobre a importância da gestão de dados!
Benefícios do open finance pro seu negócio
Os principais benefícios do open finance para um negócio passa muito por permitir ofertas mais personalizadas e inovadoras para o cliente.
Confira.
Acesso a dados facilitado
Uma das primeiras vantagens encontradas no open finance é o acesso a dados de pessoas que não são seus clientes.
Quando uma pessoa concorda em fornecer essas informações ao mercado, as instituições podem se valer delas para criarem produtos e serviços específicos, conforme a necessidade de cada um.
Soluções personalizadas
Com informações disponibilizadas pelos clientes, é possível criar serviços e produtos mais personalizados, o que atrai mais um potencial novo cliente.
As empresas que participam do open finance possuem acesso a histórico financeiro e isso possibilita analisar quais são as soluções mais adequadas à pessoa, podendo ser pontual ou mesmo um serviço de longo prazo, por exemplo.
Assim, as taxas e prazos podem ser mais atrativos ao potencial cliente.
Possibilidade de ofertas mais vantajosas
Exatamente por esse poder de análise do histórico financeiro, as instituições oferecem ofertas mais vantajosas para o cliente.
Além de oferecer produtos mais vantajosos, as empresas que fazem parte do open finance podem reduzir custos para a aquisição desses clientes, uma vez que os dados já estão disponibilizados e a criação de soluções serão mais otimizadas.
Competitividade
A competitividade é benéfica tanto às empresas quanto aos clientes. Graças a elas, os preços desses serviços e produtos são melhores e o incentivo à inovação maior.
Com uma inovação incentivada, o mercado inteiro ganha.
Existe desvantagem no open finance?
Não se pode dizer que o open finance é um sistema que seja fácil de se aderir. Alguns processos serão bem desafiadores e deverão cobrar empenho das instituições que aderirem a ele.
O primeiro grande desafio — e não exatamente uma desvantagem — é a implementação de canais integrados ao sistema.
Outro desafio é a adequação da empresa em uma governança de proteção de dados. Isso porque, mesmo que o cliente conceda conscientemente essas informações, elas não podem ser usadas para outro fim e nem mesmo vazadas.
É um desafio também que o open finance não seja algo muito conhecido do público, sendo um assunto restrito a conhecedores de mercado e finanças. Por isso, a adesão pode ser ainda muito pequena em vista do investimento em governança e segurança de dados, por exemplo.
Open finance vale a pena?
Ainda que os desafios sejam, sim, grandes, operar pelo open finance tem muitas vantagens e poderá ser em breve de maior conhecimento do público.
Tanto empresa quanto clientes terão muito a ganhar com uma política de compartilhamento seguro de dados, com soluções cada vez mais inovadoras, customizadas e de baixo custo.
O Open Finance é uma ótima oportunidade de empresas de inovarem para seus clientes, oferecendo serviços e produtos cada vez mais adequados com o mercado.
Errar nessas horas, pode custar caro e não só se tratando de open finance, mas sim de tudo o que envolve o setor financeiro.
Por isso, temos uma dica que pode ajudá-lo a escalar, citando os 8 principais erros com relação a pagamento recorrente.
Baixe o ebook gratuitamente pelo link acima!