Acompanhe o nosso post e fique por dentro de tudo que rolou no último dia do DEVDAY 2020, que foi produzido 100% online.
Se você perdeu o último dia, não se preocupe, neste post, você irá ficar por dentro de tudo que rolou com o nosso Resumão! Confira!
Curiosidade: Para mais informações você pode acessar o site oficial do evento.
Testes Automatizados em Mobile
Palestrante: Ana Silva e Júnior Lisboa
Durante muito tempo os testes automatizados em mobile foram negligenciados, mas, felizmente, de uns anos pra cá esse cenário tem se alterado e a importância desses testes têm sido percebida e valorizada.
O principal objetivo dessa apresentação é mostrar um pouco do que temos disponível no mercado de testes automatizados em mobile e mostrar também como tem sido a experiência no projeto do “will”.
O que é o “will”?
Trata-se de um banco digital, que faz parte do grupo “pag!”. Tem-se como propósito a democratização do mundo financeiro e mostrar que crédito é um voto de confiança que todos merecem, e podem ter.
Por que falar de testes?
O teste precisa ser priorizado. Por meio dele você observará que você irá falhar rápido e encontrar a medida certa para o acerto de modo mais acelerado. Portanto, não deixe os testes para o final.
O ideal é seguir a pirâmide de testes da maneira correta, observe:
Assim, isso você terá testes que cumprem com a função dele de ser, quais sejam:
Confiável;
Fácil leitura e manutenção;
Verificador de apenas um caso de uso;
Isolado;
Automatizado;
Escrito durante o desenvolvimento.
Testando um app Flutter
Neste tópico foi explicado a integração do Flutter no “will” e demonstrado alguns testes unitários para pincelar o assunto.
Foi também apresentado um “teste widged” e um “teste de integração” e explicado os principais comportamentos que podem ocorrer nestes testes.
Quais as principais ferramentas de testes no Android?
Para responder essa pergunta, a palestrante trouxe uma imagem autoexplicativa para facilitar o entendimento, veja:
Como escrever um bom teste?
- Escreva bons nomes para os testes;
- Teste o que é público;
- Respeite o princípio da responsabilidade única;
- Agrupe o corpo de testes em seções lógicas (GIVEN-WHEN-THEN);
- Use a inversão de dependência;
- Use padrão Robot nos testes de UI.
Assista ao conteúdo completo no link: Testes Automatizados em Mobile - Ana Silva - DEVDAY 2020
Como computação desplugada pode ajudar na formação de pessoas desenvolvedoras
Palestrante: Gisely e Débora
Será que é possível utilizar atividades lúdicas, como jogos, dinâmicas e brincadeiras para ensinar conceitos como: lógica de programação, paradigmas de programação (POO, POE, POA, PF), estruturas de dados, grafos, e outros?
Será que é possível através da computação desplugada tornar o ambiente de TI mais diverso? Será que é possível tornar o ensino de conceitos ligados à computação mais fácil e acessível?
Vamos juntos entender e buscar respostas para essas e muitas outras provocações.
Computação desplugada: Por que e onde utilizar?
- Modelo educacional: é uma forma de validar o aprendizado dos alunos
- Diversidade em TI: de acordo com a CIO 2019, a cada 5 pessoas do setor, apenas 1 é mulher.
- Estrutura escolar: poucas são as escolas possuem laboratórios de informática
- Interdisciplinaridade: os conhecimentos de computação podem melhorar o desempenho em outras disciplinas.
- Raciocínio Lógico: é uma forma estimulante para o desenvolvimento do raciocínio lógico
- Diversão: pode ser usado em jogos, brincadeiras, de modo a desmistificar a dificuldade.
O que é a Desplugue-se?
A Desplugue-se é uma iniciativa de aprendizagem criativa com o objetivo de transmitir os conceitos da Computação usando a Computação Desplugada, utilizando materiais de baixo custo.
Formatos de aplicação dessa metodologia:
Neste tópico os palestrantes foram explicando como a metodologia pode ser trabalhada por meio de jogos lúdicos e quais conhecimentos são abordados. Abaixo alguns exemplos de cognição que são trabalhados:
Abstração: trabalha o entendimento do problema e das suas partes isoladas, além do desenvolvimento da capacidade de solucionar problemas isolados.
Ordenação: trabalha o algoritmo de ordenação, conversões de número binário em decimal e a resolução de expressões.
Algoritmos: trabalha a estrutura do algoritmo (passo a passo), estrutura de repetição e a estrutura condicional.
Orientação a objetos: trabalha vários critérios, como a classe, métodos, herança, associação, atributos, por exemplo.
Criptografia: trabalha a codificação, decodificação e o livro de códigos
Quais os desafios enfrentados em eventos?
Faixa etária ampla;
Diferença social (condição financeira) entre os participantes;
Responsabilidade (acompanhamento nas atividades e a manutenção do código de conduta ética e privacidade com as crianças).
Eventos direcionados para mulheres
Neste tópico as palestrantes comentaram um pouco sobre a participação em cada um dos eventos e dos desafios enfrentados nessa trajetória.
Neste tópico as palestrantes comentaram um pouco sobre a participação em cada um dos eventos e dos desafios enfrentados nessa trajetória.
Assista ao conteúdo completo no link: Como computação desplugada pode ajudar na formação de pessoas desenvolvedoras - DEVDAY 2020
Reflexões sobre tecnologia, discriminação algorítimica e sociedade
Palestrante: Bárbara Aguilar
Bárbara Aguilar é front-end Dev, Dev Advocate e Designer, co-fundadora da Kilombo-tech e liderança negra acelerada pelo fundo Baobá, além de militar pela inclusão de grupos minoritários na tecnologia.
- O que significa dizer que um algoritmo é racista? Bárbara explica que seria uma consequência final e perceptível do enviesamento tecnológico.
Ou seja, se a saída do algoritmo é enviesada, ele terá reflexo na vida das pessoas. Esse enviesamento começa na base de dados e na construção do algoritmo;
- Volta e meia, um caso dessa categoria viraliza na internet. Um dos primeiros que a ganhar grandes proporções foi sobre uma funcionalidade do Google Fotos.
Ao subir fotos para a ferramenta, era possível optar pela separação das imagens em categorias de forma automatizada, inserindo etiquetas. Essa função ainda existe por lá.
- Contudo, na época, um estudante reparou que as fotos de alguns amigos negros foram categorizadas, de forma automatica, com a etiqueta “gorilas”.
Ou seja, havia algo na construção daquele aplicativo que reconhecia as fotos dessas pessoas como gorilas - um comportamento claramente racista.
A empresa pediu desculpas e removeu as tag “gorilas”, mas é claro que isso não resolveu a questão.
- Invisibilidade x hipervisibilidade: os mecanismos de busca valorizam ou não certos grupos em certos tipos de pesquisa. Por exemplo, ao buscar “três adolescentes brancos” no Google, as fotos que apareciam eram de adolescentes felizes, se divertindo, praticando esportes.
Ao buscar “três adolescentes negros” apareciam majoritariamente fotos tiradas pela polícia. E existem diversos outros exemplos que evidenciam essa perspectiva racista nas buscas.
Isso não quer dizer que o Google ou os mecanismos de busca sejam racistas por si, mas evidenciam a seletividade com cunho racista do buscador. Um outro caso famoso é o Compas e o estudo feito pela Propublica sobre sistemas autônomos de decisão no sistema judiciário;
- Bárbara Aguilar apresentou a pesquisa de “Gender shades” sobre as tecnologias de reconhecimento fácil, de Joy Buolamwini.
Nela, foram analisados os principais sistemas de reconhecimento facial e como elas lidavam com os rostos de homens brancos, mulheres brancas, homens negros e mulheres negras.
Nesse caso, o reconhecimento funcionava muito bem para homens brancos e mulheres brancas, e apresentava muitos erros para o rosto de homens e mulheres negras.
Isso demonstra que essa ferramenta não está considerando a cor de pele e os traços de pessoas negras da mesma forma que lida com a cor e traços de pessoas brancas.
- Essas questões decorrem do racismo estrutural, tão presente no nosso dia a dia. O pesquisador Silvio Almeida define esse tipo de racismo como o “conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutidos em nossos costumes que promote, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial.”.
Ele tem como consequência a restrição de acesso às pessoas negras, uma perpetuação da educação precária e a manutenção de uma política de extermínio da juventude negra.
- E, por fim, um dado que diz muito sobre esse tipo de acontecimento: 54,9% da população brasileira se autodeclara negra ou parda, e essas pessoas são apenas 8% dos trabalhadores da área de engenharia de equipamento e computação.
Ao final, Bárbara Aguilar apresenta algumas perspectivas de mudança e como as empresas podem agir para melhorar esse cenário.
Confira tudo na apresentação completa no link: Reflexões sobre tecnologia, discriminação algorítmica e sociedade - Bárbara Aguilar - DEVDAY 2020.
Desafios na Transição de um Legado para uma Plataforma de Seguros
Palestrante: Adriano Godoy e Gibran Silva
Adriano e Gibran atuam na área de desenvolvimento da Pottencial Seguradora. A empresa que tem foco no cliente e na geração de valor e, para isso, ela aposta na inovação, pessoas que abraçam desafios.
Com 10 anos de estrada, conta com 136 pessoas na área de TI e no último ano foram mais de R$ 600 milhões em prêmios emitidos.
Essa não é uma empresa de seguro tradicional, ela está no segmento de seguro de grandes riscos. Nesse segmento, mais ligado ao setor B2B, a empresa foi líder em Seguro Garantia nos últimos 3 anos - e caminha para isso em 2020.
Alguns pontos principais da apresentação:
- A empresa se originou de um banco, vindo de um produto chamado Garantia, focado em risco financeiro. Com tecnologias muito diferentes e um contexto de criação de 10 anos atrás a empresa vivia outro momento. Com o passar dos anos, foram surgindo novos produtos e foi necessário mudar a tecnologia que vinha sendo usada;
- Há mais ou menos dois anos a empresa decidiu abraçar essa mudança digital e de mindset. Aqui surgiu a Plataforma. Nessa transformação, foi preciso definir o foco da Pottencial.
Para isso, a ideia é incrementar uma variedade de produtos, reduzir o lead-time e manter economias de escala para reduzir os custos. Nesse momento foi preciso lidar com o seguinte trade-off: se tudo for igual ao que já existe, nada será diferente, então é preciso pensar em inovação.
Ao mesmo tempo, ser diferente demais aumenta os custos. Como manter o equilíbrio?
- A Plataforma, então, foi planejada como um chassi de carro. Começaram pensar na base, nos componentes comuns, nas inovações. Na concepção, a equipe considerou as dores e desejos, o que fazer, a definição dos conceitos e o foco das entradas e saídas;
- Validação da hipótese: a equipe começou validando um produto novo, o objetivo era entregar um MVP que funcionasse na plataforma. Era preciso conciliar as necessidades da Plataforma e do Produto;
- Projeto Green Field: a equipe pode definir as linguagens e frameworks usados, a padronização da arquitetura do projeto, padrões de lagos, timezone padrão e formatos data-hora.
Nesse momento, o time teve muitos aprendizados desde encarar decisões iniciais como possíveis padrões até buscar uma melhoria genuína, se questionando se há uma forma melhor de fazer as coisas.
Além disso, foram definidos o acordo de “definition of ready” e “definition of done” que ajudou a equalizar o processo do bard o que ajudou a destravar em algumas questões;
- Contudo, o time enfrentou dificuldades como a falta de conhecimento no ramo, incertezas de estruturação, aprender a lidar com erros e dúvidas e postergar decisões de forma estratégica.
O aprendizado aqui ajudou a aproximar pessoas de negócios, estudar o negócio da empresa, diferenciar dívidas técnica intencionais e não intencionais - o que foi preciso aprender a diferenciar, mapear as dívidas no bard, postergar decisões de forma consciente e pensada.
E, por fim, muito importante: desenhar, redesenhar e desenhar novamente.
Adriano e Gilbran apresentaram ainda alguns erros pontuais que eles tiveram, e o que precisaram fazer para corrigi-los.
Você pode ver a apresentação completa no link Desafios na Transição de um Legado para uma Plataforma de Seguros - Adriano e Gibran - DEVDAY 2020
Conceitos Básicos de DevSecOps na Cloud
Palestrante: Bárbara Cabral
No último dia de Devday, a Bárbara Cabral abordou um tema super importante: segurança. Começou explicando a Segurança no ciclo tradicional, que antes só era introduzida após a etapa de teste e hoje está presente em todo o processo.
Segundo ela, era comum se preocupar com a segurança somente depois que algum problema acontecia, e os problemas mais comuns acontecem em contextos de:
- Multicloud
- Microsserviços
- Containers
Quando falou sobre a cultura DevOps ela trouxe uma definição muito pertinente:
“DevOps é conjunto de ferramentas e práticas que ajudam organizações a construir, testar e lançar software de forma confiável e mais rápido.” - Flickr, na Velocity Conference
Ela também contextualizou a segurança dentro da cultura DevOps.
Atualmente a Segurança permeia todo o processo de desenvolvimento porque ela importa do início ao fim. Por isso, o mindset dos times mudou.
Agora, todos compartilham os problemas e as preocupações até atingir um conforto psicológico de que está tudo bem com o projeto que você está sendo desenvolvido.
Isso reforçou o comportamento do time. A qualidade e a segurança passaram a ser responsabilidade de todos.
Com base em seus anos de experiência profissional ela compartilhou três conhecimentos:
- Errar gera aprendizado e não demissão
- Ensinar gera admiração e não concorrência
- Erros como base de conhecimento para prevenção
Você pode ver a apresentação completa no link: Conceitos Básicos de DevSecOps na Cloud - Bárbara Cabral - DEVDAY 2020
O novo normal: os desafios das pessoas desenvolvedoras
Palestrantes: Douglas, Karine e Gibran
O novo normal é mesmo normal? Douglas, Karine e Gibran comentaram esse conceito que surgiu durante a pandemia da COVID-19 e apontaram quais foram os desafios que enfrentaram na adaptação ao modelo de trabalho remoto.
Diferente de Douglas e Gibran, que tinham experiência com home office, a Karine nunca sonhou em trabalhar nesse formato.
Segundo ela, a ideia sempre foi trabalhar fora de casa e as empresas pelas quais ela passou também não apoiavam essa prática.
Com a pandemia, tudo mudou de repente, as pessoas não tiveram tempo para escolher e as empresas não tiveram outra opção, se não, confiarem em seus colaboradores e aderirem ao modelo de trabalho remoto.
Para Gibran, agora, a gestão de pessoas ficou muito mais complexa e o surgimento de dúvidas como estas são comuns:
O colaborador está ansioso?
Esse tom de voz foi bom?
Essa pessoa é participativa?
Para equilibrar o time ele indica que é preciso criar mecanismos de interação e conexão que deixem todos interessados e engajados no objetivo principal.
Para finalizar, Douglas fez o seguinte questionamento:
“E 2021, vai ser diferente?”
Eles acreditam que em 2021 teremos uma nova versão do “novo normal”, e assim sucessivamente, até que a sociedade se estabilize em um normal com qualidade de vida, principalmente nas empresas.
Você pode ver a apresentação completa no link: O novo normal: os desafios das pessoas desenvolvedoras - Douglas, Karine e Gibran - DEVDAY 2020