A inteligência artificial chegou e deu uma chacoalhada na maneira de produzir conteúdo. Pode, não pode? É plágio, não é? E nas estratégias, como escrever um e-book como IA?
Essas perguntas sondam as pessoas que trabalham com conteúdo e empresas que querem otimizar seus processos na hora de fazer uma publicação de e-book.
Vale a pena mesmo?
Confira.
Pode escrever um e-book usando IA?
A verdade é que a IA é algo que o mercado já entendeu e que cada vez mais passará a conviver entre as pessoas.
Se recusar a entender isso pode ser um passo perigoso para quem produz e publica conteúdos, como os e-books.
Porém, aceitar esse processo não é usar a inteligência artificial de qualquer maneira. É preciso criar políticas de uso e tomar muito cuidado com o que a IA escreve.
As inteligências artificiais de produção de texto, atualmente, possuem limitações de dados. O ChatGPT, talvez a mais popular dessas ferramentas, tem um banco de dados atualizado só até janeiro de 2022.
O próprio ChatGPT dá um alerta quando é perguntado qual a sua última atualização:
“Até a minha última atualização em janeiro de 2022, não tenho informações sobre eventos ou atualizações que ocorreram após essa data. Recomendo verificar as fontes oficiais da OpenAI ou outras fontes confiáveis para obter as informações mais recentes sobre o ChatGPT ou outras versões do modelo GPT.”
Confiar integralmente nesse modelo é ignorar que ele pode omitir informações mais atuais, quase que totalmente dos anos de 2022 e 2023.
Conteúdos que possam ser menos factuais em e-books também precisam de cuidados com o uso da ferramenta.
O aprendizado de máquina, ou Machine learning, é de fato muito grande nessas plataformas. Mas, por melhor “treinado” que o chat seja, dificilmente ele conseguirá entender o tom de voz de sua empresa ou reproduzir uma linguagem na qual seu público reconheça mais facilmente.
Em outras palavras: seu texto pode ficar genérico.
Por isso, você pode extrair sim conteúdos para e-book em uma ferramenta de criação de texto, desde que seja muito bem revisada e adaptada para seu público.
Mas, não acaba por aí.
Principais tópicos que um e-book deve ter
Um termo muito repetido por quem usa as ferramentas de IA para produzir conteúdo é prompt.
O prompt nada mais é do que o comando a ser dado para a IA gerar o conteúdo. Quase um roteiro.
Pode ser ordens genéricas, como “me dê uma lista de temas para e-books” como bem mais específicas, “liste 10 temas para e-books voltados para empresas SAAS venderem mais no final do ano”.
E ser ainda mais específico, por exemplo.
Para fazer um prompt para esse tipo de material, você precisa saber quais os principais tópicos que um e-book necessariamente tem.
Mais do que saber quais são esses tópicos, é necessário entender como eles funcionam. Por isso, aqui uma explicação de cada um.
Introdução
É o começo. Nessa parte, você precisa explorar o seu tema para que o leitor se situe do contexto do tema, quais são o tipo de abordagem que o e-book terá…
Nessa hora, é muito importante trazer dados que corroborem com a relevância do tema ou que mostrem um problema, por exemplo.
Desenvolvimento
É aqui que o e-book precisa mostrar suas soluções. Trabalhar o problema ou o tema propriamente dito.
O desenvolvimento pode ser criado por capítulos ou tópicos, mas não pode delongar: deixe para dar o contexto e encantar o leitor na introdução.
Nessa parte, é a mão na massa!
Conclusão
A conclusão é o encerramento do e-book e quando você chama seu leitor para ação, que pode ser comprar um produto ou serviço.
Mais do que encerrar com chave de ouro, você precisa convencer seu leitor a prosseguir com sua marca, mesmo que em outro lugar.
A conclusão pode ser a “porta de entrada” para uma conversão, por isso, use os gatilhos pertinentes para que ele se sinta atraído a tomar essa ação.
Leia também: Como criar um ebook: 10 dicas para atrair leads e ter mais clientes
Elementos que não podem faltar em um e-book
Por mais que o foco seja como escrever um e-book, esse material não pode ser apenas texto. É preciso fornecer outros elementos para que ele seja um material rico e prazeroso para a leitura:
Imagens ilustrativas;
Tabelas e gráficos;
Referências bibliográficas;
Design intuitivo.
Como usar a IA
Como você já leu, a usar a IA para criar conteúdos é sim uma forma de aproveitar uma ferramenta que tem ganhado força no mercado.
Mas não de qualquer maneira.
Criar um conteúdo integralmente pela IA pode ser algo verdadeiramente penoso para sua estratégia.
Confira algumas dicas de como usar a IA para criar um e-book.
Colete dados
Por mais que ferramentas como o ChatGPT tenha limitações de conseguir dados mais atuais, usá-las para conseguir dados de um nicho pode ser bem vantajoso.
O Bard, do Google, consegue fazer isso bem, fornecendo inclusive links para suas fontes.
Contudo, nunca confie totalmente nas respostas que essas ferramentas dão e sempre verifique suas fontes.
Reescreva sentenças
Bard e ChatGPT podem fazer com que frases mais truncadas fiquem mais fluidas. Eles podem ser um apoio à pessoa que escreve o e-book para dar opções de sentenças mais amigáveis, por exemplo.
Com prompts como “reescreva essa frase em voz ativa” ou mesmo “me dê outras opções para essa frase” você consegue ter opções mais amigáveis e fluídas para a leitura.
Revise seu conteúdo
Essa é uma maneira muito sadia para o uso de ferramentas de IA. Você pode escrever um conteúdo e pedir para que ele revise, gramaticalmente, por exemplo.
Algumas ferramentas são próprias para isso, como o LanguageTool. O ChatGPT, por mais que forneça respostas em português, pode ter alguma dificuldade para revisar em nossa língua.
Como sempre, confira antes de publicar.
Gere seu conteúdo por partes
Se a intenção é usar o máximo possível para escrever seu e-book, tudo bem. Mas faça por partes.
Determine um tópico por vez para evitar uma revisão mais complexa no final (nunca publique seu e-book gerado por IA sem revisar).
Faça as conexões entre as partes para o texto ficar mais natural e, claro, adeque ao tom de voz do seu negócio.
Boas práticas ao escrever um e-book
Por fim, você já entendeu que é possível escrever e-book com IA e, de maneira adequada, utilizar em sua estratégia.
Mas algumas boas práticas são importantes de serem seguidas. Uma delas, você já leu, nunca faça um texto integralmente por IA.
Revise, adeque ao tom de voz de seu negócio, reescreva trechos para ficarem mais naturais.
Outro que precisa ser considerado, sempre, é: nunca confie 100% nas respostas da IA. Busque sempre outras fontes.
O próprio Bard recomenda em sua página de resultados: “O Bard pode apresentar informações imprecisas, incluindo dados sobre pessoas. Por isso, verifique as respostas dele”.
Use as ferramentas de IA para extrair insights e dicas. Por exemplo, peça para a IA te dar sugestões de tópicos para criar um e-book sobre geração de notas fiscais eletrônicas.
Para esse exemplo, o Bard do Google deu:
O que é uma nota fiscal eletrônica?
Quais são os benefícios da nota fiscal eletrônica?
Quem deve emitir nota fiscal eletrônica?
Quais são os tipos de notas fiscais eletrônicas?
Passo a passo para gerar uma nota fiscal eletrônica
Campos obrigatórios da nota fiscal eletrônica
Como evitar erros na emissão de notas fiscais eletrônicas
Como corrigir erros em notas fiscais eletrônicas
Como cancelar notas fiscais eletrônicas
Não foi de todo mal.
Por isso, a IA artificial de fato não pode ser ignorada e pode, sim, ser usada para desenvolver bons conteúdos, como o e-book.
Saber como escrever um e-book com IA pode ser uma maneira de otimizar muitos processos e fazer com que seu conteúdo fique ainda mais rico.
Entender como escrever um e-book pode ser um primeiro passo para ganhar dinheiro pela internet. E no texto do link, você tem mais dicas primorosas para isso. Aproveite.