Alguns conceitos surgem em um determinado nicho e depois expandem sua aplicação a outros. É o caso do cluster.

Trata-se de uma ideia que surgiu na computação e hoje faz parte de uma estratégia que pode ser muito vantajosa para uma empresa, sobretudo no mundo digital.

Inclusive, podendo ser uma maneira de expandir os negócios.

Para entender melhor o que é cluster e de que maneira a empresa, empreendedores e o marketing saem ganhando com ela, aproveite a leitura.

O que é um cluster?

Cluster é uma estratégia que busca coordenar atividades de diversos grupos de maneira que todos possam cooperar para um resultado mútuo, ou com objetivos bem próximos. Como?

Bom, para entender melhor esse conceito, é necessário pensar na origem do termo. Ele vem do inglês, que de maneira livre pode ser traduzido como “aglomerar” ou “aglomeração”.

Esse era um termo restrito à computação: ele dizia respeito à combinação de vários computadores de forma que trabalhassem simultaneamente de maneira coordenada.

Quem começou a usar o conceito de cluster foi a IBM, na década de 60. A empresa queria aumentar o poder de processamento de seus computadores e iniciou esse processo de coordenar simultaneamente seus equipamentos.

Para o mundo da gestão empresarial de maneira mais ampla, esse conceito ganhou alguns novos moldes, mas seguiu com a ideia de ações coordenadas entre um grupo de entes.

Basicamente, as pessoas e as empresas compreenderam que era possível realizar parcerias para potencializar as suas ações, sempre de maneira ordenada e otimizada.

Um dos princípios do cluster é a cooperação e o compartilhamento de conhecimento, recursos e resultados, por exemplo.

Para que o cluster serve? 

A clusterização permite fortalecer dois ou mais negócios que possuem objetivos semelhantes. Com isso, elas podem compartilhar recursos, conhecimentos, novos produtos e realizar inovações.

É comum acreditar que esse processo acontece de maneira física, apenas. Mas a verdade é que o empreendedorismo digital pode sair ganhando com o cluster.

Criadores digitais e pessoas que atuam com marketing digital podem compartilhar recursos e conhecimento de maneira virtual e os ganhos ser o mesmo que uma clusterização física.

De toda forma, o cluster permitirá que empresas e pessoas possam, cada um à sua maneira e com a sua expertise, compartilhar processos para buscar objetivos semelhantes.

Como funciona o cluster?

Até para entender melhor o que é o cluster e para que ele serve, é necessário pensar melhor em seu funcionamento.

O cluster existe por meio da cooperação, compartilhamento, parcerias e associações.

Basicamente, o cluster reúne uma série de empresas e pessoas que em conjunto compartilham sua expertise e conhecimentos para buscar um objetivo que seja complementar.

Na prática, isso ocorre com feiras, redes de contatos, associações empresariais, núcleos de empresas que compartilham o mesmo espaço físico ou regiões geográficas em determinado local.

Quais os tipos de cluster empresariais que existem?

Pode-se dividir o cluster empresarial em dois tipos:

• Horizontal;
• Vertical.

Cluster empresarial horizontal

O cluster horizontal é uma maneira de compartilhar recursos feita de comum acordo. Nesse tipo, tudo pode ser compartilhado de igual maneira.

Cluster empresarial vertical

Nesse tipo, o compartilhamento de recursos seguirá uma ordem de hierarquia pré-estabelecida.

Dessa forma, há uma divisão de trabalho e as relações seguem um fluxo de cooperação que segue uma ordem de prioridades.

Exemplos de cluster para inspirar seus negócios

Alguns exemplos de cluster são verdadeiramente inspiradores para o mundo dos negócios. Esse tipo de cooperação, muitas vezes, passa por compartilhar o mesmo espaço físico, região geográfica ou mesmo recursos digitais.

Pensando nessa forma, o cluster pode ter exemplos em núcleos de empresas que compartilham o mesmo prédio ou estarem em um mesmo bairro de uma cidade.

No mundo, o exemplo talvez que venha à mente seja o Vale do Silício, na Califórnia. Por lá, grandes empresas possuem suas sedes e há, ao menos em conhecimento, uma grande movimentação.

Isso é muito visto em nichos de startups aqui no Brasil. Existem alguns exemplos que, muitas vezes, ganham nomes de parques tecnológicos ou comunidades.

São exemplos o Manguezal, em Pernambuco, o Red Foot, no Paraná, o BioTec, de Brasília e o Rapadura Valley, do Ceará.

Mas não só as startups, outros segmentos — ou tipos de empresas — possuem seus próprios parques tecnológicos.

É o caso do Agronegócio, que possui, por exemplo, o Sergipetec, de São Cristóvão, no Sergipe, o Supera Parque, de Ribeirão Preto e o BioPark, de Toledo, no Paraná.

Esses exemplos podem de alguma forma inspirar os empreendedores a criar conexões e agir coordenadamente com outras pessoas que possuem objetivos semelhantes para seus negócios.

Um resultado dessas conexões é a inovação. Que vem ainda em adoção de processos automatizados para sua empresa e seu negócio.

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