6 dicas para a gestão de riscos em negócios digitais

Atualizado há mais de 3 semanas

A gestão de riscos é uma preocupação de grandes empresas que querem um crescimento saudável e sustentável.

Esse tipo de gerenciamento nada mais é do que mapear as ameaças à empresa em todos os sentidos e conseguir criar planos paliativos para conseguir evitá-las ou mesmo superá-las.

Por isso, a gestão de risco é uma maneira de se prevenir contra potenciais crises que uma empresa pode ter.

Quando se fala de negócios digitais, a gestão de risco não pode ser negligenciada por conta da especificidade da empresa em uma atuação apenas digital, já que nesse meio há, também, potenciais ameaças.

Confira o que é, por que fazer e como aplicar a gestão de risco em seu negócio.

O que é gestão de riscos?

Gestão de risco é o uso de recursos humanos e materiais para evitar e superar eventuais ameaças ao crescimento de uma empresa.

Vale mencionar que risco é tudo que impacta negativamente o seu negócio, desde crises de imagem até a chegada de potenciais concorrentes.

Por isso, a gestão de risco age de forma a entender, antecipadamente, o grau de cada ameaça e conseguir controlá-la para não impactar de imediato o andamento do negócio.

Os riscos existem e são inerentes a toda empresa que busca ousar e inovar, algo essencial a toda organização que queira crescer. Por isso, a gestão dos riscos precisa existir para conseguir mitigá-los quando necessário ou mesmo evitar.

Tipos de riscos

Uma empresa está suscetível a diferentes tipos de risco e a gestão precisa entender e saber como lidar com cada uma, mesmo que de naturezas tão distintas.

  • Risco operacional: são falhas que acontecem na operação da empresa. Ele pode ser organizacional, quando não há processos bem definidos; de operação, quando não há suporte de fornecedores ou de segurança que impedem a produtividade de um funcionário; ou pessoal, quando não há ameaça de fraude, segurança ou mesmo improdução vinda de um colaborador;

  • Risco estratégico: são as ameaças que atingem o crescimento da empresa, normalmente mapeadas em uma análise SWOT;

  • Riscos Cibernéticos: é uma das maiores ameaças para negócios online. Ocorre potencial prejuízo de perda de dados, vazamento de informações, comprometimento de servidor ou sistemas corrompidos, por exemplo.

  • Riscos financeiros: ocorre quando não há um planejamento ou controle de recursos monetários na empresa, ocasionando atraso de pagamentos – seja de colaborador ou de fornecedores – e falta de orçamento para investimentos;

  • Risco de compliance: são aqueles que comprometem a conformidade da empresa, seja em âmbito tributário, fiscal ou regulatório.

  • Riscos de ambiente de trabalho: ocorre quando há potenciais ameaças ao bom desempenho das atividades de um colaborador. Seja de recursos, como equipamentos, seja de riscos de acidente ou mesmo de doenças ocupacionais.

Quais são os principais pilares da gestão de risco?

Os pilares, ou princípios, da gestão de riscos é determinada pela ISO 31000, uma referência normativa que orienta uma estrutura desse tipo de gerenciamento.

Segundo a norma, esses pilares são:

  • Integração: às atividades da gestão de risco que devem permear a rotina da empresa;

  • Abordagem estruturada: é o desenho da aplicação da gestão de risco, que permite a empresa saber como abordar cada potencial risco de maneira antecipada;

  • Personalização: é a adaptação da gestão de acordo com as metas e objetivos da empresa;

  • Inclusão das partes interessadas: é o envolvimento dos principais influenciadores para a tomada de decisão da estratégia da empresa;

  • Dinamismo: é o poder de se adaptar ao contexto de cada momento em que a gestão de risco pode ser usada;

  • Baseada na melhor informação disponível:

  • Consideração dos fatores humanos e culturais: esse pilar diz respeito à necessidade da empresa em admitir que seus riscos são inerentes ao fator humano, como erros, e ao cultural.

  • Melhoria contínua: diz respeito à necessidade de a gestão de risco visar sempre ser adaptativa para o melhor, considerando os aprendizados passados

Como fazer a gestão de riscos?

Mais uma vez, a ISO 3100 indica os processos para uma estruturação de gestão de riscos, que você pode aplicar em seu negócio digital.

Tenha um escopo, contexto e critério

Aqui é o momento de definição de qual tipo de risco a sua gestão atuará – que pode e deve ser todos.

A amplitude de sua atuação e todo o contexto que a envolve precisa ser bem clara para se saber exatamente quais os riscos que possam existir.

Avalie os riscos

Já nessa etapa, você e sua empresa precisam saber exatamente qual o grau de risco pode ter em sua estratégia. Essa análise envolve:

  • Mapear esses riscos, ou seja, quais são eles;

  • Qualificar e quantificá-los, isso envolve saber a natureza do risco, as possíveis consequências, a complexidade, a necessidade de controle, fatores que o provoca e os níveis de confiança de sua existência;

  • Avaliação de acordo com os critérios indicados no passo anterior.

Tratamento dos riscos

Esse é o mapeamento dos processos que cada risco deve gerar para ser mitigado. É preciso levantar qual o nível de eficácia de cada processo para que ele seja ajustado no futuro, se necessário.

Monitoramento e análise crítica

O risco nunca pode ser tratado apenas quando surge. A ação da gestão precisa ser preditiva, monitorando e analisando o cenário que se apresenta no mercado e na realidade da empresa.

Isso pode ser feito desde a feedbacks da operação quanto a uma análise profunda do mercado.

Obviamente, essa etapa envolve todas as anteriores, com a análise das aplicações das ações contra os riscos.

Registro e relato

Por fim, mais um ponto levantado pela ISO 3100 é a documentação do registro e um completo relato que tudo que o envolve, como cenário, fatores que o levaram e como foi combatido.

Isso servirá para curva de aprendizado e até mesmo documentação da empresa. Obviamente, esse registro precisa ser comunicado aos gestores e líderes que estiverem mais em relação com o risco.

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Como implantar a gestão de risco na empresa?

O primeiro passo para implementar uma gestão de risco em sua empresa é ter métodos, ferramentas e definir quem são os responsáveis por ela.

Os métodos farão a parte de monitorar esses riscos e a maneira como eles serão tratados. Já as ferramentas são aquelas que fornecerão recursos para a operação.

Os responsáveis, por sua vez, são aqueles que atuarão com os métodos definidos por meio das ferramentas.

Uma boa forma de fazer essa implementação é ter um compliance, que define regras e acordos para que toda a empresa o cumpra com rigor e seguindo uma regulamentação.

Obviamente, é necessário conter um fluxo de comunicação eficiente na empresa, por mais que, muitas vezes, isso precise de recursos virtuais – essenciais para negócios online e com pessoas atuando em diferentes locais.

Vale mencionar ainda que a participação dos líderes é essencial para o cumprimento das regras da gestão de risco. Por isso, sempre encarregue pessoas para serem as responsáveis por ela, as treine e as capacite sempre.

A capacitação, aliás, é algo que não pode deixar de existir em empresas que querem crescer de forma sadia e com uma gestão de riscos. Por isso, confira como manter um programa de treinamentos corporativos!

Jornalista, escritora e pós-graduada em Comunicação Digital e Mídias Sociais.

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