Pirataria digital: Entenda como proteger seus conteúdos

Atualizado há mais de 3 semanas

Qualquer pessoa que tenha uma vida normal na internet já se deparou com o termo “pirataria digital”. Não é preciso dizer muito para que se identifique nessa prática como algo ilegal, não é mesmo?

Ainda que seja algo amplamente debatido na web, esse tipo de crime ainda é muito exercido, trazendo prejuízos que podem ir além de nossa imaginação. Em 2017, o Fórum Nacional Contra a Pirataria fez um levantamento que apontou que o Brasil perde cerca de R$130 bilhões por ano com a pirataria. Muito, não é?

E você está enganado se imaginar que isso pode não atingir o seu negócio digital. O fluxo da criminalidade digital abrange muitos setores. Até aqueles que vivem de produção de conteúdo próprio podem agir ilegalmente, utilizando material sem a devida permissão dos autores das obras.

Para evitar que o seu material, texto ou qualquer tipo de conteúdo sofra com pirataria, muitos produtores digitais, sobretudo os cursos online, procuram proteger o que produzem.

E, neste texto, você entenderá como a pirataria digital é um problema sério que você precisa evitar. E, principalmente, se conscientizar.  

Entenda o que é a pirataria digital

Dificilmente você nunca ouviu falar disso. Mas se existe alguma dúvida, você se livrará dela agora.

A prática engloba muita coisa além daqueles filmes ou séries que você poderia baixar em plataformas piratas. Aliás, hoje em dia, a indústria cinematográfica encontrou no sucesso dos streamings uma arma forte contra a ilegalidade.

A definição do ato é tudo aquilo que se comercializa ou se distribui sem a devida autorização. Ou sem o famoso direito autoral.

Se você usa uma imagem sem que o dono dela lhe dê um “ok” legal, você pode estar cometendo pirataria. Mas existem outras formas de se cometer esse crime.

Os diferentes tipos de pirataria digital

O conceito de “distribuição” e “comercialização” de um conteúdo na internet é amplo. E por isso mesmo, existem tipos diferentes de pirataria na web. Você verá quais são os principais deles agora:

  • Duplicação: é a simples reprodução daquilo que não é seu e que você não tem permissão para distribuir, o que acaba prejudicando o autor do produto, principalmente se ele vende o material. São casos, por exemplo, de ebooks pagos que são distribuídos em cópias não autorizadas.
  • Plágio: um dos tipos mais frequentes de pirataria. O plágio é a apropriação de um conteúdo produzido por outra pessoa. O autor original nem sempre sabe do plágio e a obra acaba ganhando um dono indevido.
  • Abuso de servidor: é quando você adquire uma conta de um curso, serviço de streaming ou de canal com serviço on-line e compartilha o acesso com amigos e familiares. É como você adquirir uma conta da Netflix em um pacote básico e distribuir com mais pessoas que o permitido (ainda que nesse caso, a empresa consiga detectar e limitar o acesso).

As consequências da pirataria

A pirataria digital prejudica muitas empresas. Desde às gigantes do mercado aos microempreendedores, que tentam a todo custo produzir um conteúdo original de qualidade. E é claro que esse tipo de prática é inibida por lei. Por isso, não tenha medo de tipificá-la como crime, porque não é exagero.

A Lei Nº 9.610 prevê penas severas contra a pirataria. Existem sanções em que o infrator paga ao autor cada obra vendida indevidamente, além de ter apreendido cada cópia que estiver em sua posse.

No caso específico da pirataria digital, há enormes prejuízos no mercado, não apenas para o autor do conteúdo – ainda que seja ele o maior prejudicado.

Quando se adquire um produto pirateado no mundo digital, há uma desvalorização de trabalho. E para quem ainda tenta conquistar esse mercado, montando uma loja virtual, por exemplo, isso pode ser determinante para ele continuar sua jornada ou não.

Com empreendedores menos estimulados no mercado, a oferta de produtos cai, o que afeta aquele usuário interessado no serviço. Ou seja, um ciclo de derrotas que vai do produtor de conteúdo ou consumidor final.

PS: o Projeto de Lei 333/99 tramita na Câmara dos Deputados, visando aumentar a pena para o crime para 4 anos de prisão em regime fechado e aplicar multa.

Como se proteger da pirataria digital

Você deve já ter optado e visto que a pirataria não é um bom caminho para os seus negócios. Mas, ainda que você faça todos as estratégias mais saudáveis possíveis, estará sujeito a ser pirateado.

Fique atento a algumas dicas para evitar essa infelicidade e o que você deve fazer caso alguém copie ou reproduz sem autorização um produto seu.

Invista em conteúdos originais

Com o crescimento da pirataria digital, o marketing de conteúdo dá oportunidades cada vez mais claras para aquele empreendedor que investe na originalidade.

E o público tem papel fundamental nisso, já que em canais de comunicação, ele pode interagir entre si e recomendar aqueles negócios que apostam na originalidade de seu produto.

Por outro lado, aqueles que pirateiam acaba caindo no desgosto das críticas, podendo ter uma imagem desgastada e perdendo credibilidade e autoridade. Desse modo, disponibilize materiais de autoria própria, que são originais.

Tenha uma plataforma de qualidade para hospedar seus conteúdos

Essa dica atende àqueles que oferecem cursos online. Algumas plataformas EADs certificam a segurança de que os conteúdos publicados não sejam replicados, dando informações de acesso e localidade, o que pode evitar, por exemplo, que um usuário passe uma senha a outra pessoa.  

Portanto, ao escolher a ferramenta para distribuir os seus cursos, verifique se ela tem essa medida de segurança. Evite, por exemplo, tomar a sua decisão baseada apenas nas questões financeiras.

Invista em softwares de proteção

Uma das maneiras mais comuns de ser pirateado é com outros conteúdos piratas. Como assim? Arquivos ilegais podem conter vírus que repassam informações importantes sobre o seu trabalho. Como nem sempre sabemos a procedência de determinado material, invista em proteção, como sistemas antivírus.

Crie copyrights

Se você disponibiliza para seu usuário um produto inovador e único, você precisa ter uma certeza de que aquilo seja só seu legalmente falando. Com o copyright (direito autoral), você fica amparado caso seja pirateado, seja com conteúdo ou mesmo utilização indevida de sua marca – algo, aliás, bem chato para sua imagem.

Utilize dados criptografados

Essa dica é para você que fornece conteúdos para downloads. A criptografia impede que seu material, especialmente em vídeo, seja reproduzido em um ambiente que não seja o seu. É uma ótima sacada, por exemplo, se você tiver seu streaming e queira evitar que um vídeo vá parar no Youtube sem consentimento.

Tenha consciência: não pratique pirataria!

Para que a pirataria seja definitivamente reduzida, é preciso uma conscientização do público. É preciso entender que aquele produto mais barato, conseguido de maneira mais fácil, representa a desvalorização do trabalho de uma pessoa que se esforçou, investiu tempo e dinheiro.

Evite plágios e copiar textos de outras pessoas. Até porque, para o ranqueamento do Google, isso é péssimo para o seu blog e estará, inclusive, passível de sofrer punição da empresa.

Na internet, é preciso valorizar o trabalho original, aquele pensado em atrair o público de maneira inteligente, própria e sem trapaças.

Se você já tem essa consciência, parabéns! Você já faz a sua parte, mas tente conscientizar alguém que pense diferente. Ou denuncie aquele conteúdo ou prática de reprodução ilegítima.  

Consciência limpa quanto a pirataria digital? Deu para entender tudo o que ela proporciona de ruim para consumidor, produtor e até mesmo para o mercado online?

Comente para a gente alguma dúvida ou uma experiência — ruim ou boa — que você conheça sobre o assunto. Ao contar o seu relato, outros usuários poderão ficar mais atentos a evitar essa prática, não acha?

Rafael Versiani - Escritor, produtor de conteúdos, entusiasta da vida real e amante de ficção científica!

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