Quando há investimento em uma empresa, algo primordial a se saber é quando que esse dinheiro retornará. É o chamado payback.
Saber sobre esse período é fundamental para investidor e a própria empresa, pois se trata de entender sobre a saúde financeira do negócio, o que pode determinar algumas tomadas de decisões.
Por isso, fique na leitura e compreenda um dos mais importantes termos do mundo dos negócios.
O que é payback?
Payback é traduzido como “retorno” no mundo dos negócios. Destrinchando o termo no inglês, tem-se pay, pagar, e back, de volta.
Entende-se como um valor em tempo de retorno. Ou melhor, em medir em quantos meses (ou anos) se leva para ter retorno sobre o investimento realizado em uma empresa.
O payback ainda pode medir o tempo de retorno sobre um determinado projeto ou aplicação mais pontual.
Em outras palavras, o payback representa quanto tempo demora para que o lucro acumulado seja igual ao investimento inicial.
A métrica é medida antes de aplicar um investimento para saber se, de fato, a aplicação é vantajosa.
Portanto, é válido dizer que o payback se trata de uma previsão.
São dois tipos de paybacks:
Payback simples: é o modelo mais comum e o mais fácil de calcular. No entanto, pode desconsiderar alguns fatores que podem influenciar no tempo de retorno do investimento.
Payback descontado: aqui, considera-se um valor de “correção monetária”. Adiante, quando você for entender o cálculo, perceberá essa diferença.
Para que serve esse indicador?
Como já deu para perceber, o payback dá uma estimativa sobre quando o investimento inicial será recuperado.
É uma métrica usada por investidores e empreendedores que gostam de incentivar novos projetos.
O payback serve para que eles possam refletir sobre quando seu dinheiro será pago. Muita gente gosta de repetir que seu negócio foi pago em determinado tempo.
Esse determinado tempo é o payback.
Não só para saber quando o dinheiro retornará ao caixa, o payback pode mostrar se esse tempo será demorado ou não, o que pode impactar na saúde financeira de um negócio.
Se o tempo for muito longo, isso pode significar um baixo fluxo de dinheiro, o que pode não ser algo sadio.
Rodas de investidores estão sempre de olho nos paybacks de startups, por exemplo, para que possam saber qual a que vale mais a pena investir. Óbvio que esse não é o único KPI que se considera na hora de aplicar investimentos.
Outras métricas como ROI — Retorno sobre investimento, VPL — Valor Presente Líquido e a TIR — Taxa Interna de Retorno também se relacionam ao payback.
Vantagens e desvantagens
Quando se fala em payback e na sua utilização para definir uma empresa para investir, é necessário se comentar sobre as vantagens e desvantagens dessa estratégia.
Como vantagem, está na sua simplicidade. O cálculo é simples de ser feito e compreendido. Sem falar que o payback é extremamente útil em projetos de alto risco e naqueles que têm uma vida útil limitada.
O payback dá uma previsibilidade que pode se converter em segurança, sobretudo em momentos de instabilidade.
Essa métrica ainda pode traduzir o nível de risco do investimento. Facilitando a escolha.
Por outro lado, ao usar o payback como estratégia de escolha para investir, você pode ter dificuldades de analisar quando o projeto é de longa duração, já que desconsidera os fluxos de caixa depois de um ano de recuperação.
Em outras palavras, o payback não é recomendado para projetos de longa duração.
Como calcular payback
São duas formas de calcular o payback, como você viu ainda há pouco.
Calculando payback simples
Como o nome diz, é um cálculo bem simples. Considere:
investimento inicial: ou seja, o valor aplicado no início do projeto;
ganhos médios no período: o valor mensal de fluxo de caixa de sua empresa.
Para achar o payback simples, você divide o investimento inicial por ganhos médios.
Em exemplo prático, considere uma empresa um investimento de R$ 100.000 que possui uma média de R$ 5.000 por mês.
Então: 100.000/5.000 = 20
Ou seja, serão 1 ano e 8 meses para se ter o investimento de volta.
Calculando o payback descontado
Já aqui, há um valor que considera um desconto para corrigir os valores ao longo do período.
Isso porque o valor do dinheiro varia conforme o tempo, necessitando fazer a correção monetária no payback.
São acrescentados no cálculo:
TMA — Taxa Mínima de atratividade: usada para medir a rentabilidade esperada para o investimento. Ela é baseada na SELIC, comumente — ou seja, outra referência pode ser parametrizada;
VPL — Valor Presente Líquido: reflete o fluxo de caixa no momento do investimento, calculado pensando nos valores futuros. Ou seja, o fluxo de caixa descontando o TMA. Por isso, vale um cálculo a parte:
VPL=(Fluxo de caixa)/(1+TMA)¹
Usando o mesmo exemplo de ainda há pouco e considerando o TMA como 10%:
Então:
VPL=5000/((1+0,10)¹) = 4545,45
É preciso mencionar o 1 usado na fórmula. Trata-se do período usado. Nesse caso, é um ano.
Agora, para calcular o payback, considera-se o investimento inicial por VPL.
Payback=(Investimento inicial)/VPL
Ainda pensando no exemplo dado anteriormente, tem-se:
Payback=100.000/4.545,45 = 22 (aproximadamente)
Logo, pode-se notar que, considerando, as variáveis do período, o retorno será dado em 22 meses, aproximadamente. Ou 1 ano e 10 meses.
Como você viu, o payback pode ajudar a entender quanto tempo o investimento terá retorno. Esse período, se longo ou curto, ajuda a dar previsibilidade e a saber se o negócio tem uma vida financeira sadia, que possa suportar até o tempo para dar retorno ao investimento.
Isso significa que o payback mapeia aqueles negócios com mais ou menos riscos.
O empreendedor, por sua vez, pode contribuir para diminuir os riscos para um investidor sabendo gerenciar bem suas finanças e o caixa, com softwares de automação de notas, por exemplo, que ajudam com relatório que possam ajudar a potencializar o negócio.
Ajuda também as principais tendências para o empreendedorismo em 2022. Leia esse artigo e entenda o que você pode aproveitar para ter um negócio de poucos riscos.