Payback: o que é e como calcular

Atualizado há mais de 3 semanas

Quando há investimento em uma empresa, algo primordial a se saber é quando que esse dinheiro retornará. É o chamado payback.

Saber sobre esse período é fundamental para investidor e a própria empresa, pois se trata de entender sobre a saúde financeira do negócio, o que pode determinar algumas tomadas de decisões.

Por isso, fique na leitura e compreenda um dos mais importantes termos do mundo dos negócios.

O que é payback?

Payback é traduzido como “retorno” no mundo dos negócios. Destrinchando o termo no inglês, tem-se pay, pagar, e back, de volta.

Entende-se como um valor em tempo de retorno. Ou melhor, em medir em quantos meses (ou anos) se leva para ter retorno sobre o investimento realizado em uma empresa.

O payback ainda pode medir o tempo de retorno sobre um determinado projeto ou aplicação mais pontual.

Em outras palavras, o payback representa quanto tempo demora para que o lucro acumulado seja igual ao investimento inicial.

A métrica é medida antes de aplicar um investimento para saber se, de fato, a aplicação é vantajosa.

Portanto, é válido dizer que o payback se trata de uma previsão.

São dois tipos de paybacks:

  • Payback simples: é o modelo mais comum e o mais fácil de calcular. No entanto, pode desconsiderar alguns fatores que podem influenciar no tempo de retorno do investimento.

  • Payback descontado: aqui, considera-se um valor de “correção monetária”. Adiante, quando você for entender o cálculo, perceberá essa diferença.

Para que serve esse indicador?

Como já deu para perceber, o payback dá uma estimativa sobre quando o investimento inicial será recuperado.

É uma métrica usada por investidores e empreendedores que gostam de incentivar novos projetos.

O payback serve para que eles possam refletir sobre quando seu dinheiro será pago. Muita gente gosta de repetir que seu negócio foi pago em determinado tempo.

Esse determinado tempo é o payback.

Não só para saber quando o dinheiro retornará ao caixa, o payback pode mostrar se esse tempo será demorado ou não, o que pode impactar na saúde financeira de um negócio.

Se o tempo for muito longo, isso pode significar um baixo fluxo de dinheiro, o que pode não ser algo sadio.

Rodas de investidores estão sempre de olho nos paybacks de startups, por exemplo, para que possam saber qual a que vale mais a pena investir. Óbvio que esse não é o único KPI que se considera na hora de aplicar investimentos.

Outras métricas como ROI — Retorno sobre investimento, VPL — Valor Presente Líquido e a TIR — Taxa Interna de Retorno também se relacionam ao payback.

Vantagens e desvantagens

Quando se fala em payback e na sua utilização para definir uma empresa para investir, é necessário se comentar sobre as vantagens e desvantagens dessa estratégia.

Como vantagem, está na sua simplicidade. O cálculo é simples de ser feito e compreendido. Sem falar que o payback é extremamente útil em projetos de alto risco e naqueles que têm uma vida útil limitada.

O payback dá uma previsibilidade que pode se converter em segurança, sobretudo em momentos de instabilidade.

Essa métrica ainda pode traduzir o nível de risco do investimento. Facilitando a escolha.

Por outro lado, ao usar o payback como estratégia de escolha para investir, você pode ter dificuldades de analisar quando o projeto é de longa duração, já que desconsidera os fluxos de caixa depois de um ano de recuperação.

Em outras palavras, o payback não é recomendado para projetos de longa duração.

Como calcular payback

São duas formas de calcular o payback, como você viu ainda há pouco.

Calculando payback simples

Como o nome diz, é um cálculo bem simples. Considere:

  • investimento inicial: ou seja, o valor aplicado no início do projeto;

  • ganhos médios no período: o valor mensal de fluxo de caixa de sua empresa.

Para achar o payback simples, você divide o investimento inicial por ganhos médios.

Em exemplo prático, considere uma empresa um investimento de R$ 100.000 que possui uma média de R$ 5.000 por mês.

Então: 100.000/5.000 = 20

Ou seja, serão 1 ano e 8 meses para se ter o investimento de volta.

Calculando o payback descontado

Já aqui, há um valor que considera um desconto para corrigir os valores ao longo do período.

Isso porque o valor do dinheiro varia conforme o tempo, necessitando fazer a correção monetária no payback.

São acrescentados no cálculo:

  • TMA — Taxa Mínima de atratividade: usada para medir a rentabilidade esperada para o investimento. Ela é baseada na SELIC, comumente — ou seja, outra referência pode ser parametrizada;

  • VPL — Valor Presente Líquido: reflete o fluxo de caixa no momento do investimento, calculado pensando nos valores futuros. Ou seja, o fluxo de caixa descontando o TMA. Por isso, vale um cálculo a parte:

VPL=(Fluxo de caixa)/(1+TMA)¹ 

Usando o mesmo exemplo de ainda há pouco e considerando o TMA como 10%:

Então:

VPL=5000/((1+0,10)¹) = 4545,45

É preciso mencionar o 1 usado na fórmula. Trata-se do período usado. Nesse caso, é um ano. 

Agora, para calcular o payback, considera-se o investimento inicial por VPL.

Payback=(Investimento inicial)/VPL

Ainda pensando no exemplo dado anteriormente, tem-se:

Payback=100.000/4.545,45 = 22 (aproximadamente)

Logo, pode-se notar que, considerando, as variáveis do período, o retorno será dado em 22 meses, aproximadamente. Ou 1 ano e 10 meses.

Como você viu, o payback pode ajudar a entender quanto tempo o investimento terá retorno. Esse período, se longo ou curto, ajuda a dar previsibilidade e a saber se o negócio tem uma vida financeira sadia, que possa suportar até o tempo para dar retorno ao investimento.

Isso significa que o payback mapeia aqueles negócios com mais ou menos riscos.

O empreendedor, por sua vez, pode contribuir para diminuir os riscos para um investidor sabendo gerenciar bem suas finanças e o caixa, com softwares de automação de notas, por exemplo, que ajudam com relatório que possam ajudar a potencializar o negócio.

Ajuda também as principais tendências para o empreendedorismo em 2022. Leia esse artigo e entenda o que você pode aproveitar para ter um negócio de poucos riscos.

Head de Marketing na eNotas

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