Taxa de rejeição, ou bounce rate, é uma das principais métricas do marketing, especialmente o de conteúdo. Ela mede a quanto de seus usuários visitam o seu site e não realizam qualquer ação.
Muito acompanhada por criadores de conteúdo e analistas de SEO, essa métrica foi recentemente mudada em uma das principais plataformas de dados de tráfego, o Google Analytics 4.
Mas antes de saber melhor sobre essa mudança, é preciso conhecer, como medir e saber por que acompanhar a taxa de rejeição é importante.
Confira tudo isso agora.
O que é taxa de rejeição?
Taxa de rejeição, ou bounce rate, é uma métrica que calcula o percentual de usuários que entram em um site e não fazem qualquer outra ação.
Um usuário pode acessar um blog, por exemplo, e não se engajar mais com o conteúdo. Por exemplo, abrir a página e deixá-lo aberto em uma aba, sem clicar em outro link, não preencher um formulário ou mesmo não rolar até o final. Depois, fecha sem fazer nada.
Existem diversos motivos para uma taxa de rejeição existir. A falta de CTAs convincentes ou links contextuais no conteúdo são alguns.
Esses motivos podem variar conforme o conteúdo, o que exige uma análise mais profunda das causas de uma taxa de rejeição alta.
Aliás, é importante dizer que o bounce rate sempre existirá, o que sua empresa ou time de marketing precisam definir é o limite entre uma taxa de rejeição alta e uma baixa.
Como você lerá mais adiante, isso é definido por empresa, ainda que determinados segmentos possam ter uma média de mercado.
Confira: 5 estratégias de marketing de conteúdo para aumentar as suas vendas
Qual a diferença entre bounce rate e taxa de saída?
São duas taxas que são normalmente confundidas em uma estratégia de conteúdo.
A taxa de saída é a métrica que indica a quantidade de vezes que um usuário interrompeu uma sessão na página, mesmo que não tenha iniciado nela.
Considere duas páginas de um site, a page A e a page B.
A pessoa inicia uma sessão na page A e por ela acessa a page B por meio de um link, por exemplo. Depois de acessada a segunda página, a pessoa fecha e vai para outro site.
Nesse exemplo, a page B ganhou uma saída, porque foi o final de uma sessão, iniciada na page A.
A page B também possui uma rejeição, porque não houve qualquer engajamento com ela. Diferente da page A, que engajou o usuário, levando-o para a segunda página.
Então, a rejeição é a falta de engajamento em uma página. A saída é o final de uma sessão.
O que mudou no GA4 com relação à taxa de rejeição?
A taxa de rejeição é uma métrica que muitas plataformas de tráfego utilizam para medir a performance de uma estratégia.
Uma das plataformas mais utilizadas para essa estratégia é o Google Analytics, que desde o dia 1 de julho de 2023 utiliza somente a sua versão 4.
Essa mudança trouxe novidades para os usuários dessa plataforma, como a extinção da métrica taxa de rejeição, substituída por sessões engajadas.
Com algumas novas formas de entender o comportamento do usuário em um site, o Google agora analisa o quanto de suas páginas são engajadas ou não.
O cálculo baseia essa quantidade em relação às páginas que geram engajamento.
Não chega a ser uma mudança tão brusca. O que o buscador fez foi inverter a forma de analisar o comportamento do usuário.
Agora, ele foca a métrica em quem fica na página, não em quem sai.
Esse entendimento de engajamento também passou por algumas mudanças, como, por exemplo, o usuário precisa permanecer pelo menos 10 segundos na página.
Ainda que o Google tenha mudado essa forma de metrificar a permanência em um site, muitas plataformas ainda utilizam a métrica de taxa de rejeição. Por isso, não deixe de conhecê-la.
Por que é importante acompanhar a taxa de rejeição?
A taxa de rejeição é importante porque ela consegue mensurar o quanto sua estratégia de marketing é efetiva.
Considerando que a rejeição ocorre quando o usuário sai da sua página sem fazer qualquer ação, pode-se afirmar que o conteúdo não está chamando a atenção da pessoa.
Daí, vem o prejuízo na sua campanha. Para exemplificar, pense que a página oferece um ebook gratuito.
Esse ebook servirá para captar o lead e abastecer a sua base, à procura de uma conversão.
Se a página tem uma taxa de rejeição alta, significa que a sua oferta não tem qualidade. Ou o CTA não tem eficiência, as cores do botão não chamam atenção ou a copie está sem gatilho mental.
O ebook não é baixado, você não alimenta a sua base e a conversão no final do fluxo não acontece.
Como se calcula a taxa de rejeição?
A taxa de rejeição é calculada dividindo o número de sessão única pelo número de sessão total.
taxa de rejeição do site = sessões de página única / total de sessões
Ou seja, se um site possui 1000 sessões em um período, sendo que 340 são sessões únicas, a sua taxa de rejeição é de 34%.
ATENÇÃO! O Google recentemente trocou essa métrica no Analytics 4. A taxa de rejeição deu lugar para sessões engajadas. Para uma sessão ser considerada engajada, ela precisa ter mais de 10s de duração e ter mais do que uma visualização de tela do mesmo domínio.
Analisar a taxa de rejeição de maneira geral pode não ser uma forma efetiva de entendê-la. É necessário esmiúça-la, como:
- Taxa de rejeição por palavra-chave: essa é uma maneira de medir o desempenho por termo que gera mais tráfego para o site.
- Taxa de rejeição das páginas com mais acesso: se esses conteúdos levam muitas pessoas a visitar ao seu site, elas precisam ser estratégicos nas ofertas.
- Taxa de rejeição por link de terceiros: os links de referência podem ser um indicativo de como o seu conteúdo agrega para uma pessoa que chega ao seu site por outro.
Leia também: Como fazer o planejamento de palavras-chave no SEO para e-commerce
Qual a taxa de rejeição ideal para um site?
Essa é uma pergunta de resposta que não é exata. Para saber se um bounce rate é bom para o site, é necessário considerar muitos critérios, a começar a estratégia.
Outro critério é o canal que você oferece o conteúdo. Uma landing page é muito mais trabalhada para conversões do que um artigo de blog, por exemplo.
A jornada de compra também influencia em uma taxa de rejeição. Conteúdos de topo são muito mais propensos a serem sessões únicas do que um de fundo.
Pense que os conteúdos de topo são mais voltados para extrair informação. As pessoas podem acessar uma página, se informarem por ela e sair.
Diferente de conteúdos de fundo, em que as pessoas estão mais prontas para considerar uma solução para uma demanda. Elas tendem a clicar em uma oferta ou em um link para continuar a sua jornada.
É claro que isso não significa que você não precise se preocupar com o bounce rate de uma página de blog, por exemplo.
Mas é que esse tipo de entendimento ajuda a mostrar que nem sempre é fácil classificar o que é bom ou ruim na bounce rate de um site.
Um bom norteador para achar algum parâmetro é uma pesquisa de mercado ou um benchmarking.
Nesse sentido, uma média pode orientar, desde que devidamente contextualizada com os cenários que você leu agora.
Como melhorar o bounce rate do um site?
Depois de analisar todos os critérios de uma taxa de rejeição e definir que ela precisa ser melhorada, então é hora de colocar as mãos à obra.
Tenha links internos
Os links internos são aqueles do seu próprio site. Isso significa que um conteúdo leva a outro do próprio domínio, o que faz a sessão ser engajada.
Faça CTAs que indicam alguma ação e uma oferta
“Baixe seu ebook gratuitamente” é um exemplo disso. Seu Call to action precisa entregar “o que a pessoa precisa fazer” e o “que ela ganha realizando a ação”.
Realize testes A/B
Os testes A/B são a forma mais eficiente de encontrar quais os melhores CTAs que a sua página pode oferecer.
Eles são uma forma de criar uma variação (e apenas uma) para um mesmo elemento numa página.
Com uma plataforma adequada, você consegue criar uma alternância randômica e analisar a performance de cada variação.
Não ignore a estratégia de SEO
O SEO é a técnica para ranqueamento na página do Google. Entendendo como funciona para ranquear bem, muito possivelmente você saberá também do comportamento do usuário, já que o buscador prioriza aqueles conteúdos voltados ao usuário para a suas primeiras posições.
Dito isso, algumas ações de SEO podem ajudar a diminuir uma taxa de rejeição, como:
- Otimização técnica da página, como a experiência em mobile;
- Estruturação da informação na página, com as headlines ideais;
- Linkagem internas que façam sentido na jornada do usuário.
Confira: 5 melhores técnicas de SEO para conquistar a 1ª posição no Google
Não esconda sua oferta
Se você criar uma landing page, você precisa deixar muito bem destacado na primeira tela a sua oferta.
Sem um CTA imediato e bem visível, a pessoa pode não se esforçar para encontrá-lo, e sair da página.
Elimine as poluições visuais
Mais uma vez nas landing pages, deixe tudo muito claro para o botão da ação ser o destaque. Outros pontos que possam tirar a atenção do leitor, pode o deixar confuso e sair da página.
Com essas dicas e sabendo que o bounce rate é importante desde que analisado com critérios e cenários ideais, a sua estratégia pode funcionar e você vender mais.
É claro que há muito caminho entre uma primeira entrada de um lead até a conversão final, mas você precisa estar preparado para as vendas serem também eficientes.
E nada melhor do que ter um setor fiscal otimizado e que explore a agilidade junto ao seu cliente, de maneira prática e estratégica.
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