O mundo está em transformação. Não é raro se deparar com novos termos que criam tendências e criam as profissões de futuro. E no mercado de negócios digitais não é diferente.
São essas novas maneiras ditadas pela Gig Economy, termo que tem se popularizado, bem como os serviços que ela compreende. Você pode não ter associado o nome à “pessoa” ainda. Mas, certamente, você já utilizou de algum serviço sob demanda. Quer ver?
O que é a Gig Economy?
Também chamada de economia alternativa, é um mercado de trabalho que agrega profissionais liberais com empresas que buscam mão de obra especializada, mas para trabalhos temporários.
Ficou claro aí sobre o que está se falando?
Sim, de empresas como Uber, AirBnB e Rappi que oferecem demanda para freelancers e nômades digitais. Pode-se citar apenas essas três empresas, mas a quantidade de empreendimentos nesse segmento é muito grande!
A Gig Economy já está mudando a rotina de muito trabalhador e a expectativa é que ela mude ainda mais o mercado trabalhista – no Brasil e no mundo. Tudo isso acontece por causa da internet, que tem aplicativos e plataformas que são criadas propriamente para os tipos de demandas que a Economia Alternativa oferece.
Ela também reestabelece uma nova ordem de regime de trabalho, como a flexibilização de horário e a independência de atuação. Bom, é claro que algo tão novo e que muda tanto o modo de se trabalhar de algumas pessoas repercute muito e gera, sim, polêmicas.
Não é raro se ver, por exemplo, cidades onde a Uber atua discutindo a regulamentação do serviço. E a discussão não para por aí. Como são atividades exercidas por profissionais sem vínculos empregatícios, há ainda debates em torno dos direitos dessas pessoas.
Algo que realmente a sociedade precisa discutir e entender.
Quais são as suas vantagens e desvantagens?
A Economia Alternativa está se consolidando em grandes cidades do país. Nesses lugares, os serviços sob demanda já são amplamente discutidos. Mas por quê? Afinal, não é algo que aparentemente seja bom para consumidor, profissional e empresa?
É, claro! Mas alguns detalhes não deixam claras algumas questões, como direitos trabalhistas, por exemplo. Veja quais são os pontos desvantajosos e os benefícios da Gig Economy.
Contras
O primeiro ponto contra da Gig Economy é a fragilidade da relação entre o empregado e empregador. Muitas vezes, é firmada apenas na palavra, valendo-se apenas da confiança tanto quanto a entrega do trabalho, quanto do pagamento.
Uma segunda questão que pesa contra a Economia Alternativa é a estabilidade. Como são serviços por demanda e que, muitas vezes há um alto número de pessoas e de outras empresas que realizam a mesma atividade, fica difícil garantir um fluxo de trabalho regular ao longo do tempo.
E, talvez a questão mais discutida atualmente seja a dos direitos trabalhistas.
Ainda que, em 2016, o Governo Brasileiro flexibilizou algumas leis para que trabalhadores autônomos pudessem ser mais amparado por ele, é um tabu se falar de direitos trabalhistas para profissionais autônomos.
Não há, ainda, nada que garanta que os trabalhadores autônomos tenham recursos que os protejam, direitos que os favoreçam, ou mesmo deveres que eles devem ter, legalmente, com a empresa.
Tudo isso pesa contra a Gig Economy. Mas a coisa não é assim tão ruim. Mesmo com tantas questões (sérias) a serem levantadas e discutidas, os serviços sob demanda trazem muitos benefícios para os seus adeptos.
Prós
As vantagens da Gig Economy são claras. A primeira delas é a demanda grande de serviços para tarefas rotineiras, como os que o Rappi oferece, por exemplo. Ou então, o serviço do Uber, que simplesmente ressignificou o modo de operação de transporte particular (e até mesmo o público).
Também há vantagens bem nítidas para empregadores, que, com a mão de obra freelancer, dispensam gastos físicos e suprem demandas passageiras – o que não requer pagar um profissional o tempo todo, muitas vezes, sem ter o que fazer.
O que também dispensa rotinas de seleção e contratação. Basta apenas ter acesso a uma boa plataforma e encontrar os profissionais — com as devidas qualificações.
Obviamente, a economia alternativa possui muitas vantagens para o profissional. A receita que ele tem no final do mês pode ser maior que em um emprego fixo.
Fixo, aliás, é uma palavra que pode ser pouco usada nesse “universo”. A flexibilização de horários, por exemplo, é um dos principais chamarizes da Gig Economy. A pessoa trabalha quando e onde quiser. Basta ter o seu espaço e os seus equipamentos, inclusive de home office.
Como se preparar para a Gig Economy?
Realidade ela já é. As mudanças que ela pode proporcionar são apontadas a todo instante.
Você, empreendedor ou profissional autônomo, como deve se preparar para a “revolução” causada pela Gig Economy? O primeiro movimento que deve-se dar é escolher a área de atuação.
Seja para abrir uma empresa ou para procurar trabalho, você deve se inteirar do segmento e fazer investimentos, como adquirir cursos online ou comprar equipamentos — automóveis, bicicletas e acessórios para o quarto que queira alugar no AirbnB.
Ainda que seja um segmento que está de “portas abertas” a diversos profissionais e empresas, é preciso ter as qualificações exigidas. Se você é um redator e quer trabalhar de casa escrevendo texto, precisa se capacitar e fazer os cursos necessários, por exemplo.
Confira outras dicas abaixo:
Regularize-se!
Talvez o passo mais importante e primordial seja você ter uma atuação formal. Não é porque você quer ser freelancer que deve agir informalmente, por assim dizer.
Por isso, o primeiro passo que você deve realizar é registrar o seu negócio. Para trabalhadores autônomos, o mais comum é ter um MEI, o Micro Empreendedor Individual.
O MEI te dá várias garantias jurídicas que são verdadeiros atrativos para empresas que queiram contratar um freela. Uma pessoa que tem MEI, passa mais credibilidade, consegue atender empresas maiores e tem a vantagem de emitir notas por si mesmo. Fato tão importante que merece um tópico só seu.
Nessas horas, busque a ajuda de um contador para tomar as melhores decisões e respeitar as leis.
Emita de notas
Outro fator muito importante para trabalhadores freelancers é ter nota fiscal eletrônica. O documento dá autonomia, autoridade e impede que você pratique crimes fiscais, como a sonegação de impostos ou o caixa 2!
Empresas que contratam profissionais freelancers pedem emissão de nota fiscal, até mesmo para que elas não sejam enquadradas em atos ilícitos.
Capacite-se
É impossível viver para trabalhar em um mercado com mudanças tão significativas e constantes sem se atualizar sempre! E, na internet, o leque de cursos online que fomentam o conhecimento para áreas de atuação da economia é grande.
Dessa forma, fique atento às novidades e mantenha-se atualizado com as melhores práticas. Quem trabalha com a produção de conteúdo para o Google, por exemplo, deve ser um mestre das técnicas de SEO.
Mas, o importante mesmo é não ficar desatualizado em um mundo de negócio tão diverso como o da Gig Economy.
E você, que acha desse assunto? Acredita mesmo que empresas desses ramos estão aí para ficar? Qual é sua relação com elas? Conte nos comentários e ajude a fomentar a discussão que ainda dará muito o que falar!