Plano de aula: o que é e como despertar o interesse dos alunos?

Atualizado há mais de 3 semanas

Cursos online são febre pela internet afora. Neles, encontram-se pessoas dispostas a ensinar e colocar, ao alcance de um clique, uma aula que seja totalmente virtual — com as vantagens que só o mundo da web oferece. 

Ainda que pareça fácil, graças ao sucesso de alguns cursos, é preciso muita experiência no ramo e, sobretudo, disposição. Mais que isso, um bom plano de aula. 

Um bom planejamento é fundamental para não apenas se preparar para aulas, mas para conquistar um aluno e, assim, conseguir sucesso vendendo cursos online

Será essa tarefa próxima aos que os professores de escola fazem? Quais são as diferenças? As principais características de uma aula virtual? E como fazer? Sexta-feira, no Globo Repórter.

Brincadeiras à parte, você vai saber disso tudo agora!

O que é um plano de aula?

O plano de aula é um guia que auxilia tanto o professor quanto o aluno. Ele permite que você pense sobre todos os detalhes da sua aula. Ainda, mostra qual o caminho para se levar o curso, apontar, estrategicamente, quais são as abordagens e informações a se ensinar. 

Parece meio óbvio pelo nome, não é? Mas é preciso reforçar a sua importância e principalmente definir o que é esse planejamento. Pois parece mesmo muito fácil ligar uma câmera e explicar um assunto. Mas não: é extremante necessário traçar objetivos, métodos e... o que ensinar!

Sim, muita gente sabe de muita coisa, mas como ensinar isso? Ou melhor: o que tirar do assunto para que seja realmente algo atrativo para seu público? 

Há também de se pensar em avaliações e referências de conteúdo — como uma referência bibliográfica mesmo —, materiais extras, como ebooks. Tudo para que você tenha qualidade e mostre autoridade na hora que ligar a câmera.

O que pensar antes de fazer?

Algo tão importante requer um planejamento criterioso e que compreenda todas as jornadas que o seu aluno deverá ter com a sua explicação. O ponto de partida a se pensar é: o que eu vou ensinar. Obviamente não sobre o que você quer falar, mas sim os tópicos realmente importantes para aquilo. 

Você pode ensinar informática, mas será que é preciso mostrar como ligar um computador? São perguntas desse tipo que você precisa ter em mente. Então, vamos aos itens essenciais para um plano de aula perfeito:

Defina o conteúdo

Mais uma vez, é preciso definir o que ensinar para que o seu curso seja realmente eficaz e que não perca muito tempo com abordagens talvez, um pouco óbvias — o que faz o aluno perder o foco e o interesse.

O conteúdo que você pensar com o seu curso deve ser relevante, viável e específico. E para você conseguir pensar nessas coisas, é preciso:

  • pensar em cursos que tenham uma finalidade. Por isso, é importante você saber qual o seu público-alvo e o que eles querem de fato.
  • aliás, essa finalidade deve ser viável. O tempo que você vai disponibilizar para o curso é praticável? E o material? Serão disponibilizados no momento certo?
  • ser específico é apontar, desde o início, quais são os resultados do curso. O seu plano de aula deve ser claro sempre.
  • e, principalmente, realista. Os objetivos devem ser alcançáveis dentro de uma possibilidade real. Fuja de hipóteses. Não vale prometer chegar a lua: você não vai fazer nenhum aluno ir até lá!

O seu conteúdo deve ser, ainda, pensado dentro de uma dessas propostas:

  • Conceituais: conteúdos em que se ensina conceitos. É quando o aluno descobre uma definição de algo. Por exemplo: o que é nota fiscal eletrônica;
  • Procedimentais: o aluno aprende processos. Por exemplo, como emitir nota fiscal;
  • Atitudinais: materiais que em que se ensina a ser algo. Exemplo, como ser um empreendedor correto e positivo.

Estabeleça objetivos

Aqui vêm as metas. O que e quando ensinar. Quais são os progressos que você quer alcançar, tanto para si quanto para os alunos. É importante colocar isso tudo do papel, ou um mapa mental, e acompanhar ao longo do tempo. Nesse ponto, você ainda pensa no que falar por aula, a sua duração e quais serão as atividades para melhorar a compreensão. 

Uma aula pode ter mais que um objetivo. Por exemplo, se você quer dar aulas sobre contabilidade e, em uma aula específica, falar sobre fluxo de caixa. Nesta aula, você pode não apenas ensinar o que significa o termo — o objetivo principal — mas, também, que os seus alunos devem conseguir realizar em uma atividade. 

Siga uma metodologia

E claro, todo processo deve ter um método. O “como fazer?”. Uma espécie de estratégia mesmo. Você deve pensar em atividades, quais e como serão expostos os conteúdos e como vai ser o diálogo entre o aluno e você.

Todos esses aspectos devem ser de feitos com leveza, para que o aluno não perca o foco ao longo da aula, afinal, é muito mais fácil de ele se dispersar não estando presencialmente com o professor. 

Por isso, pense em estratégias que se adequem ao conteúdo que está ministrando. Quer falar sobre contabilidade digital? Talvez aulas com textos longos não serão as mais adequadas. Ilustrações e animações podem ajudar a quebrar explicações mais complexas. 

Exercícios ajudam a acabar com a “monotonia” de conteúdos mais difíceis de serem assimilados e que requerem explicações longas demais. 

Tenha um cronograma

O seu curso deve ter início, meio e fim. Tudo o que você for explicar deve ser compreendido dentro de prazos bem definidos. 

Quer falar sobre Danfe em uma aula? Ótimo! Quando ela deve ser falada? O que o aluno deve ter estudado antes para entender esse conteúdo? E esse tema deve ser abordado antes ou depois de um determinado assunto?

O cronograma deve ser elaborado na ordem lógica de cada tema que você quiser abordar e ainda, compreender quais e quando serão aplicados exercícios. 

Lembre-se, ainda: cursos em plataformas EAD devem ser elaborados com vídeos mais curtos. Materiais longos podem afastar as pessoas. Mas isso não quer dizer que você deve ser raso, ok?

Não se esqueça das referências

As suas fontes são importantes porque garantem autenticidade ao seu curso. E mais que isso, eles devem indicar outras bases de pesquisa de seus alunos, que sempre podem querer estudar mais para além de suas aulas. 

Em sua plataforma, tenha uma área própria para ela, que seja de fácil acesso e que tenha, ainda, materiais complementares de cada aula. 

Como fazer, na prática, um plano de aula?

Neste texto, até agora, você percebeu que alguns pontos mais conceituais devem ser considerados para elaborar um plano de aula, correto? Pois bem, agora é hora de colocar a mão na massa.

Como você já leu por aqui, é preciso colocar tudo em um papel e ir acompanhando ao longo do tempo. Mas, o que anotar?

Alguns pontos, bem pensados e definidos, te ajudarão a dar boas aulas e não se esquecer de um aspecto importante para aquele conteúdo em específico:

  • Conteúdo: o que você vai falar naquela aula. É o tema em si do vídeo; 
  • Objetivos: quais são as metas da aula? O que seu aluno deve realizar ao final dela?
  • Metodologia: como você abordará o assunto? Ele pode ser um pequeno roteiro para a realização da aula;
  • Materiais necessários: equipamentos que você usará para explicar algo;
  • Avaliação: exercícios para avaliar se o seu aluno realmente compreendeu o que foi exposto;
  • Duração: o tempo da aula.

Na hora de elaborar esse plano, lembre-se de ser objetivo e claro. Ela deve ser atualizada sempre e ser uma espécie de roteiro de cada aula. 

Tenha uma boa plataforma!

E por último, mas não menos importante (não mesmo!), você precisa ter seu curso de EAD hospedado em uma boa plataforma. Você pode ter um ótimo plano de aula, mas se não tiver uma plataforma acessível e eficaz, o seu curso pode não ser tão eficiente assim. 

Mas fique tranquilo: o que não faltam pela internet são sites pensados e próprios para hospedar cursos online. São tantas opções que você vai descobrir as melhores plataformas EAD do mercado em um conteúdo exclusivo.

Rafael Versiani - Escritor, produtor de conteúdos, entusiasta da vida real e amante de ficção científica!

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